domingo, 6 de dezembro de 2009

Slint - (1991) Spiderland


   O Slint é uma banda americana, considerada o pai do post-rock e, segundo fontes, “faz parte” do math rock também, apesar de não ser tão parecido com as outras que seguem esse estilo (as outras você tome como “as que eu conheço”). Levando em conta os discos lançados, é uma banda que nasceu e morreu bem rápido, mas aparentemente influenciou grande parte dos que vieram depois. Isso eu desconheço.

   Spiderland é o segundo e último álbum deles, antes de se separarem, porque depois que isso aconteceu, lançaram um EP com duas músicas. Esse tem seis faixas, bastante características: letras que normalmente contam uma história bem definida, mas bem subjetiva, guitarras muito bem trabalhadas, alternância, nos vocais, entre o falado e a cantoria mesrmo, e no instrumental, entre o parado, lento e explosões furiosas.

   Abre com “Breadcrumb Trail”, e passa pra “Nosferatu Man”, que conta sobre um príncipe, que mora em um castelo, e que tenta implorar à sua rainha; essas coisas de gibi. As duas mostram muito bem toda a agressividade misturada com delicadeza, do Slint. Em uma comparação, é quase como Godspeed You! Black Emperor, que tem explosões arrebatadoras de som.

   “Washer” é o que há de melhor, em relação à letra; os caras conseguem unir isso a um instrumental mais sutil, e fazer uma pérola de quase nove minutos.

   Mas é “Good Morning Captain” que faz o disco todo valer a pena. A letra, inteira falada, é baseada no poema “A Balada do Velho Marinheiro”, de S. T. Coleridge; o instrumental acompanha isso sem parar um minuto, em um meio termo entre agitado, e devagar. As explosões, quando vem, logo terminam, quebrando todas as expectativas, até o fim, quando você recebe o que esperava: o barulho é tremendamente brutal, e o vocal berrando “I miss you” sem parar, torna tudo ainda mais desesperador, até o silêncio chegar. Um grande encerramento.

    Por fim, Spiderland não é um disco difícil de achar, mas coloco aqui, porque realmente merece ser ouvido, assim como tudo que virá, logo menos. 

   

   Pra downloadear: (1991) Spiderland

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